Saúde mental: a importância do autocuidado, atividades físicas e Olimpíadas

As olimpíadas, além de trazer momentos de celebração, entusiasmo e entretenimento, levantou uma questão importante para todos nós: quando até atletas de alta performance e rendimento precisam priorizar sua saúde mental ao invés de sua profissão, como nós devemos encarar nosso bem estar emocional e psicológico numa rotina tão agitada e cheia de desafios?

Sabemos que, como homens, estamos expostos a tipos específicos de pressão e expectativas sociais que podem se tornar grandes dificuldades quando nos deixamos abalar, mas como prevenir isso?

E o que o Burnout se encaixa em tudo isso? O que é essa condição?

Nessa matéria queremos te ajudar a entender mais sobre tudo isso e levantar o tema para debate, então vem com a gente!

Saúde Mental: Qual a importância?

Ainda não é Novembro Azul, mas o debate sobre saúde mental foi levantado com alguns ocorridos dos Jogos Olímpicos de Tokyo, como o da ginasta Simone Biles, a americana favorita na categoria e que, numa decisão incomum, desistiu de participar de uma série de modalidades por não se considerar pronta ou com o estado mental certo para competir.

No caso de Biles, além da pressão de levar o ouro para casa, ainda havia o risco de lesões mais sérias que poderiam acontecer pela natureza do seu esporte, mas o risco de se negligenciar o próprio psicológico e sofrer consequências sérias por conta disso é real para todos nós.

Por definição da ADEB (Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares), saúde mental é:

“É sentirmo-nos bem connosco próprios e na relação com os outros.

É sermos capazes de lidar de forma positiva com as adversidades.

É termos confiança e não temermos o futuro.”

 Em outras palavras, é encontrar uma harmonia e paz na rotina, onde é possível equilibrar boas relações com o próximo e com nós mesmos, enfrentar os problemas de nossa rotina com seriedade, mas tranquilidade na resolução deles e encararmos o futuro com a certeza de que seremos capazes de superarmos qualquer situação. Para alguns, isso pode não parecer difícil, mas para outros, é um enorme desafio.

Seja por uma situação extrema que exige demais de nós ou uma série de tribulações que parecem não dar descanso, todos nós conhecemos os percalços que tornam mais complicado manter o bem estar psicológico, mas nem sempre damos a devida atenção a em que pé estamos nesse percurso.

Burnout: Você é preguiçoso ou está esgotado?

O burnout é considerado por muitos como um dos maiores males do século. Também chamado como “Síndrome do Esgotamento Profissional”, é uma condição de exaustão extrema, relacionada ao trabalho do indivíduo. A tensão gerada pelo esforço extremo e constante, privação de descanso, acúmulo de estresse e falta de acompanhamento médico culminam num estado que pode trazer uma diversidade de sintomas que afetam toda a vida de uma pessoa. Entre eles é comum observar:

*Cansaço mental e físico excessivos;

* Insônia;

* Dificuldade de concentração;

* Perda de apetite;

* Irritabilidade e agressividade;

*  Baixa autoestima;

* Desânimo e apatia;

* Dores de cabeça e no corpo;

* Negatividade constante;

* Sentimentos de derrota, de fracasso e de insegurança;

* Isolamento social;

* Tristeza excessiva.

Lembrando que o diagnóstico deve vir de um profissional especializado, tanto para confirmar a causa quanto para entender a melhor forma de tratamento.

O Caso Bruno Fratus

Quem acompanhou a prova dos 50 metros livres nessas olimpíadas de Tokyo e viu Bruno Fratus garantir um lindo bronze talvez nem lembre que o atleta esteve perto da aposentadoria a alguns anos. 

Após os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, Fratus lidou com um quadro depressivo severo, com toda a inquietude e ansiedade dos resultados de sua última performance e a pressão interna e externa dos próximos passos sendo intensas demais. Ele contou em entrevistas que nesse período nebuloso, com o desgaste afetando todas as áreas da sua vida, chegou a considerar soluções extremas e definitivas, mas após receber apoio de todos os lugares, conseguiu se reerguer e encontrar paz e motivação para não desistir do esporte.

Após os resultados desfavoráveis em 2016, Bruno conseguiu dar a volta por cima e alcançar bons resultados nas competições que participou em seguida, com prata nos Mundiais de Budapeste, em 2017, e Coreia do Sul, em 2019. Após isso, mesmo com um desempenho claramente superior, ele ainda cogitava abandonar a carreira, mas com o estímulo da esposa e membros do comitê olímpico, resolveu nadar por mais um ano, que se transformaram em dois devido a pandemia e o adiamento dos jogos em Tóquio.

Com a vitória emocionante e num momento tão importante, Bruno confirmou que finalmente estava “felizão”, e nos deixou ansiosos para saber do seu futuro no esporte depois disso.

Como cuidar da Saúde Mental?

Como ficou claro com a história anterior, suporte emocional de pessoas próximas é fundamental para a manutenção da saúde mental, com o apoio de pessoas que amamos fazendo a diferença para vermos a vida de uma maneira mais positiva e esperançosa. Esse apoio, vale lembrar, muitas vezes é sutil e está em gestos e decisões que, separadamente, podem não parecer importantes, mas refletem o sentimento de empatia presente nesses entes queridos. É importante também entender o momento de pedir ajuda, não só para questões triviais mas também para receber esse suporte.

Vocalizar nossas emoções, sejam felicidades ou frustrações, também é importante, tanto para notificar as pessoas ao nosso redor de nosso estado de espírito quanto para ajudar a nós mesmos a notarmos a real situação, que muitas vezes só fica clara quando dita em voz alta. 

Dedicar momentos para o relaxamento e lazer pessoal também é imprescindível, já que é com essas “pausas” que conseguimos respirar em meio a rotinas agitadas e desafiadoras. Ler um livro por prazer, assistir um filme, passar um tempo com a família, o que quer que te traga paz merece estar na sua rotina sempre que possível, e você não precisa se culpar por fazer isso.

Mesmo que, como vimos, para alguns atletas o esporte pode se tornar uma fonte de estresse, quando se aborda atividades físicas com uma pegada mais leve e livre o resultado deve ser uma relação bem mais saudável entre mente, corpo e tempo, com uma melhora constante do bem estar pessoal!

Centro de Valorização da Vida 

Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

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