Estamos em plena semana de moda em Nova York: a cidade dá o start às temporadas de moda internacionais de primavera/verão 2016 e tem calendário de desfiles que se iniciaram dia 10 e vão até hoje, dia 17. A temporada, que é de moda feminina, começou já chamando mais atenção do que nunca. Vou te contar nesse post os acontecimentos mais relevantes e te explicar o porquê estou falando de semana de moda feminina para nós, homens.

Hood By Air S/S 2016
Lembra de um post que fiz falando sobre a influência da moda feminina na masculina (e vice-versa)? Então, chegou a hora de reafirmá-lo, mas sob uma ótica um pouco diferente. Desta vez os desfiles femininos foram invadidos por rapazes.
Não há dúvidas, o desfile mais aguardado da semana foi o da Givenchy, que fez um tributo aos 10 anos de direção criativa de Ricardo Tisci na marca. O estilista convidou a artista contemporânea Marina Abramovi?, que trabalha com arte performática explorando relações entre o artista e a plateia, os limites do corpo e as possibilidades da mente. Em homenagem às vítimas do atentado terrorista de 2001, o desfile ocorreu no dia 11 com vários preceitos de união humanitária, da cenografia à trilha sonora (que mixou canções de seis religiões diferentes).

Givenchy S/S 2016
Se não bastasse, vários modelos masculinos desfilaram intercalando looks com as mulheres. Dao-Yi Chow e Maxwell Osborne, ambos sob direção criativa da Public School, foram outros a colocarem homens na passarela de temporada feminina, destacando os modelos Yuri Pleskun, Piero Méndez, Erin Mommsen e Noma Han.

Hood By Air S/S 2016
Um pouco mais teatral, a Hood By Air também entrou nessa, trazendo uma estética que me remeteu a um movimento típico dos anos 90, chamado desconstrucionismo, no qual estilistas belgas e londrinos trouxeram uma estética revolucionária, questionando principalmente gêneros e posições sociais. Alexander Wang, querido quando se fala em streetwear (essas roupas com pegadas mais de rua), também mostrou rapazes no meio de seu desfile, comemorando, coincidentemente assim como Tisci, seus 10 anos à frente da marca homônima.
Será que estamos caminhando para um futuro onde as semanas de moda não mais farão distinção entre masculinas e femininas? Acredito que não num futuro próximo, mas quem sabe daqui vários anos… A questão é que uma espécie de fusão já teve início e não podemos ignorá-la. No sábado conto para vocês quais foram as tendências que pude tirar dessa mistura de elementos!